quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Release - OPUS Universitário

Centro Universitário Newton Paiva apóia a prática de seus alunos e promove festival de publicidade

O Centro Universitário Newton Paiva promove a quarta edição do festival de publicidade entre seus alunos. O evento será realizado nos dias 06, 07 e 10 de dezembro, no campus da Carlos Luz - 800. A campanha de divulgação do festival foi elaborada pelos alunos do 5º período de Publicidade e Propaganda.

A idéia do festival é fazer do evento uma vitrine para os alunos da Newton Paiva e seus trabalhos. Serão apresentados os trabalhos interdisciplinares do 4º e 5º período, além das campanhas de responsabilidade social elaboradas pelos alunos do 6º período.

Neste trabalho, cada agência atende a uma ONG e apresenta uma proposta real de uma campanha de responsabilidade social e um planejamento que viabilize o desenvolvimento sustentável dessa ONG, por meio da articulação de parcerias com a iniciativa privada.

Neste semestre, serão apresentadas as campanhas desenvolvidas para as seguintes ONGs e OSCIPs: Associação Cultural Tambolelê, Circo de Todo Mundo, Rede Cidadã, Casa de Apoio à Criança Carente de Contagem, Núcleo Integrado Cascatinha, Associação Cidadãos Posithivos Sempre Viva, Vale da Cidadania e Contato Centro de Referência da Juventude. A apresentação conta com a presença de renomados profissionais da área que julgam, juntamente com os professores, o melhor trabalho interdisciplinar de cada período.

Opus Universitário – IV Festival de Publicidade Newton Paiva - “Deixe sua marca”

Apresentação dos trabalhos interdisciplinares

Dias 06, 07 e 10/12, 7:30h, 19h

Campus Carlos Luz - 800 - Newton Paiva

Maiores informações: massan-z (31) 3516-2737





Redação: Priscila Maciel

Crazy People – A comedy about truth in advertising

Como a própria chamada do filme já diz “Crazy People” - EUA, 1990 – e uma comédia sobre o mundo da propaganda. Apesar do exagero na situação apresentada, característica que confere humor ao roteiro, é possível identificar traços de semelhança que fazem com que o filme de certo modo retrate a vida de um publicitário.

Para a construção do roteiro foram utilizados clichês, e a ambientação da maior parte do filme é feita com base no que talvez seja o maior de todos os clichês do mundo da publicidade, o de que “Todo publicitário é louco”, daí a não ocasional internação do protagonista em um manicômio, local onde se passa o desenrolar do enredo.


Mas, mais do que uma comédia o filme leva a uma reflexão. Afinal, todo filme carrega dentro de seu roteiro a famosa “lição de moral”, e “Crazy People” não é diferente. A verdade é que a comédia mascara a seriedade de assuntos como ética na publicidade, o jogo de ambição e poder, o ego, e ainda, o conteúdo das mensagens que nós publicitários expomos o público. Talvez esse último item levantado seja o mais relevante, pois vai direto ao ponto com relação à profissão do publicitário, será que nos realmente sabemos o que as pessoas querem? Mentimos ou omitimos para o nosso público? Não seria mais eficaz e correto dizer a verdade sobre o que é anunciado?


A verdade é que talvez um surto de honestidade na publicidade realmente possa ser positivo para o produto, afinal, teoricamente ele vai gerar e cumprir as expectativas levando o consumidor à satisfação. Por outro lado, será que o público está realmente preparado para ouvir tantas verdades. O ditado diz “Mais vale uma amarga verdade do que uma doce mentira”, mas muitas pessoas preferem o contrário. Um anúncio que diz coisas do tipo “Você é gordo e desleixado, saía do sofá e emagreça” pode ser o sonho de criação de um publicitário, mas não podemos esquecer um outro ditado “Quem fala o que quer, ouve o que não quer”. Assim tanta honestidade pode levar a uma resposta contrária, causando a antipatia das pessoas pelo produto ou marca.


A publicidade parece ser a profissão dos sonhos para muitos roteiristas de Hollywood, em diversos filmes como “Doce Novembro”, “O que as mulheres querem”, “Como perder um homem em 10 dias”, e sem esquecer o brasileiro “Se eu fosse você”, entre tantos outros são alguns títulos em que os protagonistas são publicitários que vivem em um mundo de glamour. Estendendo a análise a outros títulos, a verdade que os filmes retratam o que talvez seja a realidade de uma grande agência com grandes clientes, o que afasta os roteiros da realidade da profissão no Brasil, onde sabemos que maior parte das grandes agências se concentra no mercado paulista. Outra visão equivocada é a de que o publicitário vive de ter boas idéias, isso não é verdade, vive de trabalhar para conseguir ter uma boa idéia, raros são os grandes clientes e não ter hora para sair da agência é quase uma rotina. E ainda dizem que é só ter uma idéia “bacaninha”?